Um empresário que se preze, também cuida das suas finanças pessoais, não são em curto prazo como as contas a pagar e a receber no mês, mas também em longo prazo, a fim de se preparar para o crescimento progressivo evitando assim uma possível falência por erros administrativos.
A pessoa física também deve ter essa visão, há aqueles que falaram que o futuro não nos pertence e que temos que viver o presente, e esses não estão equivocados, mas muitos além de gastar tudo o que tem, gasta também o que não tem com o cartão de crédito, crediários, financiamentos a perder de vista e empréstimos, com a desculpa de que precisa viver de maneira mais confortável, e para sustentar esse conforto viverá em um ciclo vicioso de dividas e preocupações que poderiam ser evitadas.
“Felizes aqueles que vivem com simplicidade, pois não precisam de muito para as suas realizações”.
Não é necessário ficar trancado em casa o mês inteiro só para evitar os gastos, mas impor limites e se policiar constantemente para analisar se os gastos que se está fazendo é realmente necessário e definir as prioridades para destinar os recursos no que realmente agrega valor.
Existem pessoas que conseguem viver bem, ter um carro popular na garagem, casa própria devidamente mobiliada e uma reserva modesta no banco com apenas cinco salários mínimos, no entanto, existem pessoas que recebem mais de dez salários mínimos e não conseguem sair do vermelho, pois na maioria das vezes se preocupam com o que não é importante e não mede seus atos antes de por a mão no bolso. Uma situação muito comum é a pessoa que vai comprar um carro, ao invés de escolher um que atenda suas necessidades de imediato, seminovo ou zero e custo de manutenção baixa (popular básico) escolhe um modelo mais sofisticado cheio de parafernália que muitas vezes nem será usada, com custo de manutenção alta, design sofisticado e um motor potente, só para satisfazer seu ego.
Certa vez, um economista sugeriu no programa do Fantástico, que devemos considerar apenas 80% da nossa renda e os 20% restante fazer uma reserva para imprevistos como um carro que quebra inesperadamente, algum problema de saúde, ou então, para comprar a vista algo de valor maior em um futuro próximo.
Um exemplo interessante, depois de algum tempo a pessoa consegue fazer uma reserva razoável e quer usar como entrada para compra de uma moto nova, ele terá duas opções básicas, a primeira é comprar o veículo imediatamente e encarar os juros que viram com o financiamento, e a segunda opção é entrar em um consórcio e utilizar a reserva para dar um lance e conseguir ser contemplado alguns meses depois, tendo assim, uma economia considerável devido ao baixo juros do consorcio.
Hoje em dia qualquer curioso consegue fazer uma planilha eletrônica para calcular seus gastos periodicamente, ou na pior das hipóteses, um pequeno caderninho, lápis e calculadora na mão dão conta do recado.
O segredo esta em definir um objetivo que seja quantitativo e temporal, defina o quanto ou que quer ter e quando quer ter. A partir dessas definições trabalhe com as opções que tem atualmente, definindo cotas de despesas para cada situação, e estipule um valor minimo necessário a ser reservado mensalmente, reveja seus gastos, verificando a possibilidade de estar praticando gastos desnecessários e o mais importante, defina as prioridades.